BLOG DO ANGRENSE URBANO...

PENSANDO E DISCUTINDO O URBANISMO DE ANGRA DOS REIS.
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sábado, 8 de novembro de 2008

O TRÂNSITO DO CENTRO DE ANGRA


Décadas atrás encontraríamos carroças à tração animal andando pelo centro da cidade. Certa vez um prefeito tentou impôr fraldas para que os animais parassem de defecar nas ruas, que piada. Derrepente uma chuva de fuscas, brasílias, opalas... engarrafamentos na Praia Grande no verão, na Rua do Comércio quando existiam vagas de estacionamento, na Coronel Carvalho nos fins de semana a noite. Derrepente ninguém mais quer andar a pé em Angra. A cidade praiana é engolida pelos hábitos das grandes cidades. Queremos ruas largas cheias de carros? Queremos engarrafamentos? Derrepente as crianças param de jogar bola na rua, de jogar bola de gude na calçada, para soltar pipa só no aterro, ou nas lajes dos morros (sempre causando acidentes...).
Todos brigam para ocupar o espaço da cidade: pessoas, motos, bicicletas, carrinhos de bebê, mesas de bar, barracas de ambulantes e covardemente nessa briga encontramos essas máquinas de aço motorizadas ocupando cada uma em média 10m² do espaço público. Faz barulho, polui o ar e ainda pode atropelar. Mais é necessário. Não sempre! Não em pequenas distâncias! Não dentro do centro de Angra!
As vagas em Angra foram ficando escassas, tanto que de uns tempos pra cá as pessoas tem até que pagar para estacionar. Pra quê? A cidade precisa dessa arrecadação? (uma cidade de receita tão farta). Será que acham que pagar inibe as pessoas de virem de carro ao centro?
Certo que pra ter carro tem que ter dinheiro sim. As casas antigas não se prepararam para abrigar um automóvel, deve-se pagar estacionamento privado ou sofrer os danos de deixar o carro na rua. Paga-se IPVA, seguro, combustível, manutenção.... fora o fato de cair num sedentarismo que traz problemas de saúde, que traz mais gastos com remédios de pressão, do coração etc.
Percebe-se que existem muitos aspectos negativos do uso do automóvel, mas os comportamentos e as vontades são impostas nas cabeças das pessoas. Refletiremos sofre o assunto, em prol de uma cidade mais confortável com um povo mais saudável.

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