BLOG DO ANGRENSE URBANO...

PENSANDO E DISCUTINDO O URBANISMO DE ANGRA DOS REIS.
ANALIZANDO AS TROCAS ENTRE AS PESSOAS E O ESPAÇO URBANO ANGRENSE. O QUE UM OFERECE AO OUTRO.
ABRINDO OS OLHOS PARA O CAMINHO DO CONFORTO AMBIENTAL, AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
NÃO É UM BLOG POLÍTICO, É TÉCNICO!

domingo, 3 de abril de 2011

Urbano ou Rural?

Crescimento e desenvolvimento são primos que vivem brigando em Angra dos Reis. Todos falam em se desenvolver, crescer, evoluir, como se tratassem da mesma situação. Angra pouco se desenvolveu urbanisticamente, mas cresceu e ainda cresce em velocidade assustadora. Em direção às áreas verdes, encostas de morros e margens de rios. Angra cresce através da formação de favelas. Cresce a pobreza, cresce o veraneio classe C que construiu milhares de barracos que ficam na maior parte do tempo fechados criando mosquitos em bairros periféricos como frade, perequê, ariró, vila histótica entre outros. Primeiro destroem o que existe e fazem bagunça, depois chamam o poder público para concertar. Este parece que piora o problema asfaltando sem drenar, sem passar rede de esgoto (ou faz rede para jogar o esgoto no rio sem tratar), constrói casas populares que alagam (morada do Bracuí), sistemas de drenagem que custam milhões e não funcionam (verolme) e o pior: transformam gradativamente áreas de proteção ambiental em zonas de especial interesse social apenas para legitimar a ocupação desordenada dessas áreas, mas tratamento especial a elas não existe, só quando o problema cresce muito e o ônus ambiental acaba virando bônus nas urnas.
Emprego gerado só pra peão, 2000, 3000, 10000 empregos, os núnmeros anunciados são assustadores, podem e vão refletir num aumentosignificativo no caos urbano já instalado, a technip caminha no sentido de construir uma fábrica no centro histórico da cidade, alguém duvida da bagunça que isso vai gerar. Querem fazer de Angra uma cidade de gente pouco qualificada, de pouca cultura que só trabalha com o braço. Sem universidade, sem ao menos uma boa livraria (que não tem público).
Fala em aumentar o turismo, milhares de gringos enchendo a ilha grande, mas esquecem que eles fazem cocô e xixi, e muita gente junta sem tratamento de esgoto adequado polui o mar (ou o lençol freático no caso de excesso de sumidouros). Quando enche falta água, coleta de lixo se prejudica, serviços são mal prestados causando descontentamento ao visitante que só não queima o nome do destino turístico porque este é forte demais, internacionalmente falando, tanto que já se distanciou cada vez mais do continente (este é desprezado e considerado uma grande favela... e eu nem vou falar do patrimônio histórico). Muitas lanchas de bacana no mar e pronto: até a gipóia estava com a praia suja de óleo quando fui na última vez.
Angra parece um bebê gigante, que tomou corpo, mas não amadureceu, não tem condição de se cuidar. O reflexo disso está aí, para quem puder suportar ou quiser criticar. De todas as formas, eu prefiro a condição de rural, onde a qualidade de vida, a paz e a felicidade têm mais chances de sobreviverem. Movimenta-se menos dinheiro, fica desinteressante para quem quer lucrar com a política.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma força me puxa

Quando comecei este blog tinha muitos assuntos entalados na garganta, tinha dúvidas, agonias, receios e muita vontade de exteriorar o que passava em minha cabeça (como podem ler na postagem inicial).

Muitas postagens em pouco tempo, muitos comentários e críticas positivas, eu me animei. Alguns trabalhos foram aparecendo e tomando meu tempo por completo e quando vi tinha congelado o Angra Urbana.

Muitas coisas aconteceram, principalmente a tragédia deste fim de ano, e o urbanismo de Angra pede novamente que se acendam discussões.

Vamos ver se esta semana o Angra Urbana acorda.
Agradeço ao mestre Lúcio Costa por ter emprestado a fotografia do pseudônimo Sr. Urbano, mas este agora sai de cena e quem assina sou eu mesmo, Fernando Miguel.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Desenvolvimento Econômico e Subdesenvolvimento Urbano de Angra


Certo dia me deparei com um blog fazendo apologia ao porto no centro da cidade e criticando uma postura da política voltada para o incentivo ao Turismo. Fiz um comentário que não foi publicado. Não era agressivo, assim como não são minhas postagens, mas a verdade dói. E a verdade é que o Porto de Angra não deveria mais estar no centro da cidade. Ele só nos trás transtorno, além de ocupar a área mais nobre da cidade com terrenos baldios. A orla do centro da cidade deveria ser para uso do povo e dos turistas. Mas atenção! Para uso do povo. E o povo não anda de lanchas e nem precisa de marinas. O povo precisa de cultura, lazer, esporte e de uma cidade mais confortável. Na minha opinião toda essa área viraria uma grande praça com quadras, quiosques, parques e muito verde.... muita sombra a beira mar. Uma paisagem mais caiçara, mais peixe com banana.(Assassino da Ilha do Barro)

As áreas portuárias no mundo todo foram revistas. Muitas ficaram abandonadas, marginalizadas e degradadas quando os conteiners modernizaram a atividade e mudando a dinâmica dos portos que nem como zona de prostituição mais são aceitos pelas cidades. Em Angra esse meretrício ainda continua alimentado pela (mesmo escassa) atividade portuária na cidade. As maiores capitais do mundo fizeram projetos de revitalização da área portuária: Londres, Nova Iorque, Buenos Aires, Sidney, Bilbao, Liverpool, Barcelona, Boston, Baltimore e muitos outros.
É o mais lógico a ser feito, o mais justo, o mais sensato. É para o benefício de muitos, da maioria dos munícipes, e como disse, também dos turistas.
Angra dos Reis tem vocação para o turismo! Turismo ecológico, turismo cultural. Basta que seja planejado com uma visão de sustentabilidade.
O que fez Angra ter a aparência de uma grande favela foram as grandes instalações: Porto, Verolme, Usina. Atividades que deveriam estar longe de Paraísos Ecológicos e Sítios Históricos, pois trouxeram um desenvolvimento econômico selvagem e nocivo que causaram grande danos a nossa natureza, bagunçaram o urbanismo e apagaram vários vestígios da nossa história.

Para uma leitura mais aprofundade sobre o tema:
Voltando às origens. A revitalização de áreas portuárias nos centros urbanos
Recebi um e-mail com essa imagem. Não podemos deixar ficar assim! Angra deve ser do povo e não dos Reis! Esse projeto é uma insanidade, tomara que não consigam realizá-lo.

EREA LESTE 2010 em Angra dos Reis

Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais) - Quando eu era estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Fluminense frequentei alguns EREA´s e ENEA's. Participei de concursos, debates, mesas redondas, palestras, oficinas, workshops e muitas outras atividades que acontecem durante os 4 dias de encontro. Em Paraty aconteceu em 2002, muitos trabalhos foram desenvolvidos com a comunidade da Maguerira e Ilha das Cobras (área mais "pobre" próxima ao Centro Histórico). Segundo nosso amigo Urbanixta, estudante da Federal de Viçosa (eu acho), existe uma possibilidade deste encontro acontecer em Angra dos Reis. Caso seja verdade, acho que devemos nos mobilizar para que realmente aconteça. Angra tem pouquíssimos alunos em Universidades Federais. Desse grupo, a maioria não volta para Angra, prefere sofrer com a péssima qualidade de vida das capitais, mas com emprego e trabalho garantido (nem sempre).

O fato é que muitas cabeças universitárias na cidade, analisando, pensando, discutindo, debatendo, propondo, colaborando para soluções das questões urbanas, arquitetônicas e ambientais, seria de grande valia para o nosso município. Normalmente trazem os melhores profissionais e professores da região (sudeste) que contribuem através da propagação do conhecimento adquirido em forma de Soluções Urbanas.
Quem sabe nossos gestores prestam atenção no que esse grupo tem a dizer?

Angra tem duas frentes de trabalho com o Urbanismo: a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e o Comunidades Angra. Os dois nem se falavam durante a gestão do prefeito anterior, agora começaram a se conhecer. O Comunidades Angra trabalha com base numa cartilha produzida pela Agência 21 (plágio da Agenda 21 da eco 92). Deve ter custado uma fortuna o trabalho produzido por essa agência que nada mais é do que o conteúdo que os alunos de Arquitetura e Urbanismo estudam nas Universidades (quando a universidade é de qualidade). Mas Angra não tem Universidade de Arquitetura, e os bons profissionais de Urbanismo da prefeitura são calados ou brecados pelos políticos incompetentes hierarquica e diretamente superiores a eles. O concurso para servidores do ano passado ofereceu quatro vagas e rendeu 100 Arquitetos na lista de espera, apenas dois foram chamados. Os contratados da prefeitura que fizeram a prova deram vexame. O melhor colocado ficou a baixo do 25º, gente experiente que perde de longe para a garotada mais bem preparada e com melhor afinidade com as novas tecnologias e conceitos da Arquitetura e do Urbanismo. Alunos como estes que, se Deus quiser, estarão aqui no EREA 2010.
Urbanixta, entre em contato comigo, vamos fazer esse encontro acontecer! Depois o povo e os políticos agradecem. E a galera também.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Passaram as festas e a cola ficou no chão!


Dano ao patrimônio público, vandalismo, burrice... Eu sinceramente não entendo o que leva um comerciante a fixar, usando cola de contato, tapetes vermelhos e azuis (azul para quem tem aversão ao rubro por motivos conhecidos pelos angrenses) na calçada de pedra portuguesa. Tapete não se usa em área externa. Eles ficaram bonitos por poucos dias, mas as chuvas e o fluxo de pedestre deixaram o nobre piso (para estimular o povo comprar) com o aspecto terrível, pena não ter fotografado. Que ao menos raspassem as pedras ao retirar o carpete para devolver ao povo a bela calçada executada com o dinheiro público (em geral cada proprietário de lote é responsável pela sua calçada). As festas de fim de ano passaram e as colas ficaram grudadas nas pedras e se ninguém reclamar assim ficarão até colarem outro tapete no fim do ano. Um absurdo! Outro ponto onde a calçada também está imunda de cola é em frente a uma loja de telefonia móvel próximo aos correios.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

IPTU PROGRESSIVO NELES!

Você sabe o que quer dizer IPTU progressivo? É um instrumento estabelecido pelo Estatuto das Cidades, que, apesar de previsto em nosso Plano Diretor, não é aplicado nem tampouco regulamentado. Determina que, se o cidadão tem um lote urbano, que é iluminado pela prefeitura, servido de água e esgoto e usufrui de outros serviços públicos, mas deixa o lote ocioso, terá o seu IPTU reajustado progressivamente a cada ano até resolver dar alguma utilidade para o terreno e NÃO FICAR ESPERANDO O PREÇO DO TERRENO SUBIR, A CHAMADA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA.

Mas que bom seria se nossa cidade tivesse maior bom senso e, ao invés de possuirmos um terreno baldio juntando lixo e especulando o valor do solo, poderíamos ter mais uma pracinha urbana. Basta derrubar esses tapumes, fazer uns jardins bonitinhos e implantar uns mobiliários. Mesas, cadeiras, quem sabe uns brinquedos ou até uma fonte. O IPTU poderia ser anulado. O proprietário só poderia pegar de volta o terreno depois de tempo suficiente para não dar prejuízo à prefeitura pelo custo da obra (que nem é alto). Uma última sugestão utópica: Nas paredes deixar subir a era (planta que cresce colada na parede) formando três planos verticais verdes. Ousadia que faz muito sentido.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Resposta ao Urbanixta

O blog Angra Urbana nasceu de um acumulado de críticas, pensamentos e observações sobre o urbanismo de Angra dos Reis. Objeto este de ferozes críticas pelos moradores e principalmente pelos turistas que vem para Angra esperando chegar no paraíso e logo no Centro se deparam com o mundo real.

Para nós urbanistas a solução da cidade é "palpável pelos nossos pensamentos". As observações são involuntárias e as críticas e buscas por soluções vem como que naturalmente após tudo se processar em nossas treinadas e estudiosas caixas cranianas. Angrenses formados, inconformados e apaixonados. Analisamos a cidade se transformando, se deformando.... e o processador esquentando, se potencializando... deu no Angra Urbana.

Dei uma pausa nas postagens por estar me dedicando a outras causas não menos nobres. Mas não quero e não vou acabar com blog. Aguardo outros que possam contribuir com suas idéias, críticas, análises e denúncias (inclusive esta última postagem foi enviada por terceiros).

A urbi sempre muda, sempre se trasnsforma, a metamorfose incessante do conjunto de ciclos de vidas e histórias emboladas no solo modificado e preparado para o homem, explorado pelo homem, formam o cenário real de tudo... tudo... o urbanismo é o tudo que nos envolve, que nos envolveu e envolverá. Sempre diferente, e no nosso caso, sempre caótico.
O urbanismo equilibrado significa qualidade de vida. Significa paz, beleza, harmonia. Colabore para isso.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Grandes elefantes poluidores que não tem respeito pelo usuário

As fotos mostram como anda o descaso com o usuário. Os ônibus ficam estacionados durante vários minutos aguardando o horário de saída em vagas que deveriam ser para embarque rápido. Enquanto isso, os passageiros ficam no meio da rua para sinalizar a ônibus e estes param em fila dupla para o embarque.
Isto se resolveria facilmente se (como em várias cidades) os ônibus só aguardassem em pontos finais, enquanto no centro urbano eles somente circulariam e parariam obrigatoriamente nestes pontos apenas para embarque de passageiros.

"Por favor denunciem isso no seu blog."

Enviado por e-mail anônimo. Muito obrigado pela colaboração!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Parabéns Angra dos Reis...

Por suportar trechos limpos do mar. Por ainda restar verde por cima dos teus morros. Por não poluíres ainda todos os teus rios . Por conservar, como que por magia, resquícios do teu patrimônio histórico, da tua história, da tua cultura. Por existir em teus morros poucos traficantes ainda e por não existir por aqui milícias (será?). Parabéns pela tua natureza ainda conseguir vencer a poluição dos mares, ares, praias etc. Por vencer o despejo de gases tóxicos pelos automóveis e principalmente pelos excessivos ônibus. Parabéns, por enquanto.

sábado, 27 de dezembro de 2008

As badaladas digitais

Eletronicamente soam os sinos da Igreja Matriz. Lindas e falsas badaladas digitais soam de caixas brancas instaladas aos pés dos sinos. Estes incompetentes sinos. Sinos inertes. Sinos preguiçosos. Nos privam de suas honestas e naturais notas musicais. Trocadas por um CD. As verdadeiras badaladas foram jogadas no lixo. As históricas badaladas se apagam das memórias dos angrenses e as novas gerações preservarão e se identificarão com as badaladas digitais.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Urbanização da Costeirinha

As Costeirinhas (1, 2 e 3) são prainhas pequeninas com águas aparentemente próprias para o banho. Pouca área de areia e muitas pedras onde encontramos as baratinhas medrosas.
A antiga calçada que liga o São Bento com o Colégio Naval era muito estreita e não tinha guarda corpo, era realmente perigosa. A obra da ciclovia e da nova calçada representa uma melhoria na qualidade de vida dos moradores do local que vão poder usar o espaço urbano de forma mais confortável. O trecho ficou apropriado para a prática da caminhada, pedaladas sem conflitos com os pedestres e ainda ficou mais segura para crianças. Pena que o guarda corpo metálico não vai durar mais de 4 anos. A maresia é terrível.
A escada de cimento ficou muito bonita e confortável, mas também começará a rachar e se deformar em breve (água mole em pedra porosa faz estrago). O guarda corpo da escada é branquinho, branquinho... já vi pintando de branco três vezes em 15 dias, e continuam sujando.
Fizeram um deck de madeira.... deckzinho, dá para umas duas ou três famílias apertando um pouco. O guarda corpo é de cabo de aço. Tão mal especificado que com as mãos é possível retirá-los. O que já aconteceu, roubaram uma linha. O cabo não impede que uma criança caia do deck (será que não perceberam isso?).Em cima, muito inteligentemente não ocuparam com nada. Dessa forma o espaço pode ser aproveitado de maneiras diferentes, mais livre. Muito em breve deve aparecer um quiosque ou um banheiro subterrâneo... não aconselho.
Um ponto positivo destacável é o bicicletário. Por que não temos dezenas desses espalhados pela cidade? +bicicleta=+saúde pública+qualidade urbana.
Um objeto nas pedras me chamou a atenção, um pedaço de muro. Por que não retiram dali já que fizeram uma obra tão grandiosa? Custava muito dar umas marretadas e mandar recolher o entulho?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estrada do Contorno: A lei dos 80 centímetros.


Não sei se todos sabem (pois deveriam saber), existe uma lei que deixa claro o limite de 80 cm de altura permitida para muros de propriedades onde é possível nós, simples mortais (além dos turistas), avistarmos o mar ou qualquer paisagem natural ou histórica. No caso do contorno, quase 80% das praias estão privatizadas, inacessíveis e invisíveis por terra. Acima dos 80 cm só é permitido cerca em grade ou qualquer outro material que garanta a liberdade da paisagem para o pedestre.
Ainda existem, porém muito escassos, pontos onde é possível avistar o mar e a tão vangloriada paisagem natural angrense. Não podemos deixar que seus donos as fechem. São propriedades caras e parece que nesse mundo dinheiro = poder. Poder fazer o que quiser, mesmo contra a lei.
Proponho uma ação por parte da prefeitura. Dar um prazo para os proprietários de casas e lotes na estrada do Contorno quebrarem seus muros e se adequarem a lei. Depois, caso não haja movimento, mandar uma dezena de peões com um marretão (apelidada de sexta-feira) e abrir de volta para o mundo a nossa bela paisagem, abrir para o povo.
Sabemos que isso demanda vontade política e coragem.... eu apenas explano minhas utopias.
Já imaginaram caminhar, correr, pedalar, dirigir, viver a Estrada do Contorno, chamada de Corredor Turístico? Onde está o respeito com com turismo e com o patrimônio natural? Onde está o respeito com os direitos do coletivo, do público?
Imaginem a sequência de imagens neste trajeto que podem ser restauradas, agora complemente a visão no espaço-tempo com uma calçada bem projetada e executada, uma ciclovia e uma caixa de rua suficiente para duas mãos (hj encontramos pontos muito estreitos e próximos a curvas - se é para ter a estrada deve ser com segurança).
Tudo ainda pode acontecer, ainda pode ser muito melhor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Patrimônio Histórico na Cultura ou no Turismo?

Essa é uma das perguntas que ouvimos pela cidade. Isso porque Angra tem um grande acervo que encontra-se praticamente abandonado. Os atributos da Cultuar e o antigo Plano Diretor são claros quanto a obrigatoriedade de ações de preservação. No entanto, as únicas verdadeiras obras de Restauração foram realizadas pela iniciativa privada com recursos da Lei de Incentivo do Ministério da Cultura (Matriz e Carmo). Inclusive, na esfera Federal e na Estadual o Patrimônio Histórico está sob a guarda da Cultura, precisamos de uma explicação muito convincente para que o mesmo não ocorra no município.
O Patrimônio Histórico deve ser apontado, catalogado, estudado por arqueólogos e historiadores, deve ser descrito, inventariado, tombado, restaurado, revitalizado. O turismo é mais preparado que a cultura para realizar este trabalho?
Resumindo: Na minha opinião, o departamento de Patrimônio Histórico da Cultuar deve permanecer na Fundação de Cultura e ser tratado por arqueólogos, historiadores, arquitetos e restauradores. Pessoas da Cultura que são treinadas para esses "primeiros socorros" pelos quais o patrimônio tanto clama. As restaurações (ou qualquer toque em obra histórica) não podem ficar por conta da Secretaria de Obras como é o caso das reformas emergencias da Ribeira e da Lapa, que nada tem de recuperação histórica e artística, a "famosa" restauração.
A verdadeira e coerente atitude seria não a briga por um setor (uma gerência e duas ou três diretorias), mas a união das forças por uma mesma causa: a de qualificar nossos bens históricos-culturais e transformá-los em verdadeiros pontos de atração ao turista e fonte de identidade para os angrenses. A uma, Cultuar e Conselho de Cultura, cabe a restauração e o trato com o patrimônio, à outra, Turisangra, cabe gerir uma nova rede de bens culturais em prol do fomento e qualidade de nosso produto turístico, unindo a beleza natural e o patrimônio cultural em um só, VERDADEIRO, Programa de turismo para nossa cidade.
Vale para quem for "comandar" a Cultuar a seguinte questão: deve-se nomear para Diretor de Patrimônio e de Restauração pessoas de competência equivalente à importancia do Patrimônio Municipal. Obviamente pessoas com formação (ao menos técnica) na área.

sábado, 29 de novembro de 2008

Desordem Urbana: A sociedade pode ajudar!

Denunciando obras sem placa... São obras feitas de qualquer jeito sem a garantia da obediência ao código de obras e ao Plano Diretor. Obras e projetos, na maioria das vezes, sem qualidade. Numa cidade com fiscalização fraca essa é a forma que a cidade vai crescendo e inchando sem nenhum parâmetro controlador, sem regras que garantam uma ocupação confortável e com menos conflitos dentro possível.
Se você atualmente está vendo alguém fazendo alguma obra (principalmente levantando mais pavimentos da casa) e a obra não tem placa, DENUNCIE! Você estará ajudando a impedir que estraguem nossa cidade.

Anotem o endereço e se possível façam uma fotografia (digital). Ligue para a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano - 3368-6354.
Ou mandem e-mail para angraurbana@gmail.com

Nossos herdeiros agradecerão.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Paisagem urbana do Centro

Esta imagem mostra alguns dos primeiros prédios do centro de Angra. Imaginemos um futuro onde todos vão aproveitar ao máximo o terreno. Qual será o tamanho do caos e da feiura da cidade? Imaginem a bagunça. Pontos de ônibus lotados, fumaceira de engarrafamento de carros, motos e ônibus cercados por pessoas para lá e para cá.... Ruas sempre sombrias onde o azul do céu vai paulatinamente sumindo das fotografias (só será visto se olhar para cima). Buzinas, faróis, necessidade de semáforos, de apitos.... inferno!
Agora me respondam como este lindo prédio azul e amarelo tem a ousadia de, como um rabo de pavão, se erguer desproporcionalmente aos seus vizinhos . Quem aprovou esse prédio? Por que ignorou o fato do terreno estar localizado no entorno de edificação tombada pelo Iphan? O prédio briga na paisagem com o Convento de São Bernardino, briga com a paisagem toda. É um crime urbano!

O abuso do gabarito no Centro

Quando o terreno tem muito valor o proprietário tende a aproveitá-lo ao máximo. Primeiro, ocupando o lote inteiro, impermeabilizando todo o solo e ficando desprovido de jardins e janelas laterias (bom para lugar seco, péssimo para lugar úmido). Segundo, verticalizando, subindo andares um a um. Nesse caso, temos vários problemas: O impedimento do sol chegar na rua e no vizinho; a estrutura pode não estar preparada para aguentar o número final de pavimentos e causar rachaduras e/ou acidentes; e o mais nocivo é o aumento da DENSIDADE URBANA.
Aumentar a densidade significa, mais esgoto produzido por metro², aumento do trânsito de pessoas e necessidade de vagas para carros dos muitos usuários (aumento consequentemente do trânsito); aumento das filas nos serviços oferecidos na localidade (padaria, banco, corrêio etc).
Enfim, a cidade pequena passa a conviver com todos os problemas das grandes cidades. Tudo isso motivado pela especulação do uso do solo e da falta de fiscalização e/ou conivência dos órgãos competentes (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).
Além do mais, o povo só percebe o problema depois que já está praticamente irreversível, por isso a importância de se PLANEJAR!Na imagem a edificação está na área onde mais se pode construir (4 pavimentos), mesmo assim ela pois seis. Imaginem se todos resolvessem fazer a mesma coisa? Como ficaria o Centro de Angra dos Reis?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

TRANSFORMAÇÃO DOS MORROS DO CENTRO DE ANGRA

Um problema urbano que dói no angrense é ver a forma como os morros estão ocupados e em processo contínuo de transformação. Ocupação desprovida de uma ordem racional. Ocupação sem a previsão de criar um bairro com todas suas necessidades em funcionamento. Apenas uma resposta imediata à necessidade de morar. Sem muito pensar na estética ou nos materiais. Usa-se o que está oferecido nas lojas, trabalha-se com o concreto armado e tijolos furados obrigatoriamente, enquanto existem outros materiais mais baratos e mais adequados . O sistema construtivo muitas vezes é ditado pelo pedreiro, que por vezes nem profissional é. O desenho de cada casa deveria passar pelas mãos de um arquiteto e aprovado no órgão público competente, garantindo assim a obediência às leis de ocupação e ainda um bom funcionamento do imóvel. Na impossibilidade de pagar por um, a prefeitura poderia oferecer esse serviço, o custo/benefício vale eternamente para cidade.
Os morros devem ter casas ventiladas, seus sistemas elétricos e hidráulico devem ser projetado com cuidado para segurança e bem estar de todos. As casas devem ter um certo afastamento e os terrenos não podem ser totalmente impermeabilizados.
As regras de ocupação devem ser elaboradas diferentemente para cada micro-região, de modo a respeitar suas diferentes graduações de problemas.
A fiscalização deve existir! Essa ausência é a maior culpada pela atual situação. Os cidadãos devem ajudar a fiscalizar, mas antes devem conhecer a lei. (Audiência pública do plano diretor quarta e sexta dessa semana às 10:00 na Câmara Municipal)
Aos poucos, as ruas devem se estruturar seguindo um plano de alinhamento que vai garantir vias e calçadas em todos os morros, nem que para isso algumas casas tenham que ser desapropriadas e a prefeitura ajude a bancar as obras para redução do terrenos de outras (talvez trocando pela construção de mais um pavimento).
As margens dos rios devem ser desocupadas e tratadas com paisagismo e áreas de lazer e convívio. Manchas verdes em meio às casas devem ser desapropriadas e adaptadas para o uso público não agressivo. As área verdes por cima dos morros podem abrigar atividades de ecoturismo, arborismo, mirante, trilhas, estudos da fauna e flora, rampa de asa delta etc.
Oferta de serviços: bancos, polícia, posto médico, creche, escola, mercado e várias outras atividades que facilitam a vida das pessoas evitando o sobe-desce.
E derrepente eu acordo...

Desrespeito contínuo ao cadeirante

São poucos os acessos para o cadeirante e mesmo assim algumas pessoas insistem em desrespeitar bloqueando a passagem. Já flagrei dezenas de carros estacionados nesta vaga.
Nesse caso a prefeitura posicionou um bueiro em uma rampa, mas na outra não. Resultado: Poça d`água até em dia de sol.
Precisamos ainda de uma campanha: "NÃO JOGUE LIXO NA RUA!"... nossos munícipes são muito mal educados.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

As Gambiarras do Centro 2: Os Splits invadem a Rua do Comércio


Como se o visual da Rua do Comércio não estivesse muito poluído, de poucos anos pra cá começaram a pipocar em várias fachadas essas caixas brancas. Se a idéia é fazer da Rua do Comércio um grande Shopping, tem que haver organização. Os letreiros devem ser padronizados e controlados, as edificações preservadas ou tombadas não devem ter a cobertura de policarbonato na frente. Os cabeamentos urbanos em geral devem passar organizadamente por baixo da calçada. Os splits devem sumir das fachadas e ir para a cobertura. Essa bagunça tem que acabar, não é difícil!!!

As gambiarras do Centro 1

Energia elétrica, tv a cabo, iluminação, telefone, internet... fios e mais fios passando por nossas cabeças. Todos dividindo os mesmos postes de maneira desordenada e dando aspecto de uma grande CIDADE GAMBIARRA. Quem se importa com o visual deste poste na Coronel Carvalho? Como estão os fios do seu computador? Organizados ou bagunçados e à mostra? Com certeza isso faz diferença na sua vida, na cidade também.